Adrenalina do começo ao fim

O novo Autódromo Internacional da Paraíba (AIP), faz parte de um longo período de acontecimentos que merecem entrar na história do automobilismo esportivo em nosso Estado, a partir de uma promessa feita pelo ex-piloto paraibano e seu atual proprietário Fernando Antônio Monteiro.

Tudo começou em 1968, quando o piloto decidiu construir seu primeiro carro de corrida projetando um chassi tipo “monoposto” e utilizando-se de uma mecânica de Gordini. Seu principal objetivo na época era competir em uma prova que seria disputada em Recife-PE, a esperada prova “500 Kms da Cidade Universitária”. Construído o carro, apresentou-se para disputar a prova que serviria como um teste experimental do traçado que seria adotado. Os organizadores da Prova, ao verem o carro e presumindo a “performance” do mesmo, logo imaginaram a possibilidade de que estariam em frente a um potencial vencedor e como a prova era promovida por uma revenda local da VW, com três carros inscritos, não se arriscaram a perder a comemoração que desejavam obter através da classificação de um dos seus carros em primeiro lugar, e assim, não deixaram Fernando participar. Naquele dia, decepcionado com o ocorrido, fez uma promessa; que iria construir um autódromo em seu Estado, para que no futuro nenhum piloto viesse a passar por uma situação igual aquela.

Inicialmente adquiriu uma área com 55 hectares, localizada no Altiplano do Cabo Branco (hoje denominada Portal do Sol) em João Pessoa, isto em 1971. Dando início ao projeto construiu o Kartódromo Mário Andreazza, o primeiro do nordeste, o qual foi inaugurado em 23 de setembro de 1972. Em seguida, dando sequência ao projeto do Autódromo, construiu inicialmente uma pista provisória onde foram disputadas provas dos campeonatos Carreteras, que à época reuniu pilotos de todo Brasil.